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O incômodo é um estado muito poderoso, capaz de nos motivar a obter respostas, a evidenciar problemas e querer mudar as coisas. Ouso dizer que, muitas transformações partiram de um incômodo legítimo e essa matéria também começou assim.
Na verdade ela começou ao acaso quando
@raissasantana me relatou sobre eu ter sido sua inspiração. A conversa foi ouvida por minha amiga
@maricaruso , editora do
@elaoglobo , que me propôs uma reflexão sobre quem me inspirou. Respondi ter começado vendo atrizes como Zezé Motta, Ruth de Souza e Léa Garcia, mas lembrei que existe uma geração que tentaram apagar entre mim e elas. Para a mídia, para o audiovisual ou para quem cria publicidade é como se não houvesse atrizes negras brilhantes preenchendo essa lacuna temporal, quando pelo contrário, artistas com mais de 50 anos como Cyda Moreno (
@moreno_cyda ), Iléa Ferraz (
@ileaferraz ), Maria Ceiça (
@mariaceicadepaula ) e Vilma Melo (
@vilmameloschaefer ) entregaram e segue entregando excelência. Contudo, onde elas estão? Por que não foram escolhidas para papéis de destaque? Campanhas publicitárias? Capas de revistas?
A verdade é que elas foram inviabilizadas, como tantas outras, pelo racismo. Afinal, por que atrizes negras conscientes de sua grandeza e representatividade podem ser uma ameaça ao sistema? Por que não falamos de seu legado e resistência? A reflexão está nesta reportagem em que tive a honra de entrevistar e aprender com o quarteto que estampa a capa.
Obrigado, meninas, por terem aberto seu coração e nos emocionar com suas trajetórias Obrigada Marina Caruso por ouvir, se sensibilizar e me propor realizar esta matéria com mulheres tão inspiradoras e potentes.