O artista mais único que já conheci. Nunca trabalhei com ele, infelizmente, mas bebeu do meu copo sem pedir. Uma honra. Obrigada
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Paulo César Pereio era um dos maiores artistas brasileiros. Gaúcho de Alegrete, foi um dos fundadores do Teatro de Equipe, um espaço formado por jovens onde pudessem fazer seus textos em um teatro engajado e potente. O ator começou a se destacar pela sua participação no elogiado filme “Os Fuzis”, dirigido por Ruy Guerra que foi premiado com o Urso de Berlim em 1964. Pereio passou por correntes artísticas importantes como o Cinema Novo, o cinema marginal, as pornochanchadas e com personagens que imprimiam traços da sua personalidade: a irreverência, a ironia, o espírito anárquico, o deboche. Atuou em mais de 60 filmes tendo também trabalhado com diretores como Glauber Rocha, Hector Babenco, Joaquim Pedro de Andrade, Cacá Diegues, Arnaldo Jabor, e Hugo Carvana. E assim vieram os personagens marcantes de “O Bravo Guerreiro”, “Terra em Transe”, “Os Inconfidentes”, “Chuvas de Verão”,
“Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia”, “A Dama do Lotação”, “Eu Te Amo”, “Toda Nudez Será Castigada”. Além do cinema, Pereio brilhou no teatro durante 60 anos, entre 1956 e 2016. Atuou em espetáculos marcantes como “Esperando Godot” e “Roda Viva”, colaborando com grandes dramaturgos, como Nelson Rodrigues (“O Anti-Nelson Rodrigues”) e José Celso Martinez (“As Bacantes”). Graças a sua voz excepcional, gravou inúmeras narrações e trabalhos para a publicidade. Na televisão, fez ainda novelas e minisséries como “Gabriela”, “Roque Santeiro”, “A Viagem”, “Presença de Anita”, “Malu Mulher” e “Carga Pesada”. Pereio era um ícone. Rebelde, sedutor, culto, inteligente, engraçado, potente. Um verdadeiro artista. Pura vanguarda. Bravo, muitos aplausos pra você! Que a sua passagem seja de paz e luz. 🖤
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