A Adoção sempre esteve nos meus planos.
Desde moleque, eu já dizia que seria pai por adoção. No entanto, como todos aqueles que idealizam adotar, eu também cultivava o sonho de construir uma família tradicional, ter um filho biológico e, só então, adotar como se fosse um salvador da pátria. Durante a pandemia, essa vontade aumentou e muita coisa mudou. Após assistir ao Globo Repórter em 10 de junho de 2022 e descobrir que a paternidade solo no Brasil, via adoção, estava avançando, decidi inverter essa lógica social e realizar meu desejo de ser pai, mesmo sem estar em um relacionamento.
A emoção de adotar uma criança no Brasil é uma jornada profunda e significativa, repleta de sentimentos que se entrelaçam para criar uma experiência transformadora para ambas as partes envolvidas. Aí, vocês provavelmente vão dizer: "Ah, você tem coragem." E prontamente vou responder que não, coragem eu não tenho, eu tenho muito amor e um monte de coisa legal para compartilhar com outro ser humano. A coragem é momentânea, o amor é eterno.
Costumo compartilhar com meus amigos mais íntimos que cada passo que dei em minha carreira foi uma forma de me fortalecer e me preparar para a paternidade. Sempre tive convicção quanto a essa decisão, porém, dar o primeiro passo era essencial.
Continuo essa história nos próximos posts, se preparem para embarcar e chorar comigo em como tem sido todo esse processo. 🥺👨🏾🍼💫
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Ser pai é tipo brincar de ser Deus. Já faz um tempo que as decisões estão sendo tomadas pensando em nós, filho. Te amo mesmo antes de te conhecer e ando contando os dias para poder te ver. No fundo eu precisava de um motivo a mais para viver, por isso os Orixás estão preparando você. 👨🏾🍼👦🏾 #diadospais#paternidade
Desde que compartilhei sobre o meu processo de adoção solo, tenho recebido várias mensagens de mulheres e homens interessados em criar meu filho comigo. Acho importante vir falar o quanto essa abordagem é inconveniente em várias camadas, pois me coloca apenas na categoria de "pai" e também revela um certo "fetiche" por trás disso, especialmente por ser um homem jovem preto.
Optei pela adoção solo por valorizar a autonomia e a independência, querendo tomar todas as decisões relacionadas à criação do meu filho por conta própria. Isso não significa que não tenho e terei uma rede de apoio ou que não deseje me relacionar afetivamente agora ou no futuro. O ponto é que eu não estou buscando ninguém para compartilhar a responsabilidade da criação do meu filho.
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Dia Nacional da Adoção ❤️
Estamos passando por semanas difíceis para quem está no processo de adoção e, especialmente, para aqueles que já estão com seus filhos. A mídia brasileira, principalmente os portais de notícias, ainda não está preparada para lidar com o tema e frequentemente representa a adoção de forma negativa, como se filhos biológicos não cometessem erros. Recentemente, vimos dois filmes sendo aclamados em que a filha, junto com o namorado, mata o pai e a mãe.
O tema da adoção é ocasionalmente abordado de maneira bonita, coerente e emocionante. Pensando nesses casos positivos, lembrei da cena da novela "Amor de Mãe", em que Vitória (@taisdeverdade ) vai conhecer seu filho, Thiago, no abrigo. Em breve, eu também passarei por esse momento, e quero deixar aqui a resposta para uma pergunta que me fizeram muito nos últimos dias:
Não, eu não reconsideraria ou mudaria de ideia diante de qualquer cenário que envolva a adoção na mídia. Também não estou disposto a receber "piadas" como: "seu filho também pode te matar."
Viva o amor e aos novos formatos de família!
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Sempre que me perguntam sobre o processo de adoção, costumo mencionar o quão cansativo e nada romântico ele é. A fila de espera para adoção ilustra muito bem essa falta de romantização e quão racional é esse processo.
Após o processo de regularização do cadastro, no qual eu detalhei minhas preferências e limitações quanto ao perfil do meu filho, incluindo idade, gênero, etnia e histórico médico, eu fui encaminhando para entrar na fila de espera. Esta fila pode apresentar tempos de espera variados, que vão de alguns meses até anos. Tudo depende do seu perfil escolhido.
Durante esse período de espera, tenho percebido que tudo fica silencioso. É como se estivesse em um um limbo sem respostas concretas, ciente de que o telefone pode tocar a qualquer momento, mas também preparado para a possibilidade de que isso demore um pouco mais. Paralelamente à espera, tenho utilizado esse tempo para organizar minha vida, cuidar da saúde mental, financeira e preparar a casa para a chegada dele.
É importante ressaltar que todo processo é planejado com o objetivo de garantir o bem-estar das crianças, sendo essencial que todo o adotante esteja devidamente preparado para exercer este novo papel.
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De vez em quando, alguém me questiona: por que você está solteiro?
Eu sempre evito falar sobre minha vida amorosa porque isso não interessa a ninguém, mas vou responder aqui porque desde que postei as fotos sozinho no show do Sorriso, ela está bombando de novo.
Existem várias razões. Uma delas é que demiti meu cupido devido às terríveis decisões que ele tomava, ou então porque só me interesso por pessoas que moram em outras cidades, ou têm problemas com ex. Meu cupido só trazia problemas.
Por outro lado, estou solteiro porque namoro sempre foi algo sério para mim. A ideia de colocar alguém na minha vida apenas para preencher um vazio nunca me atraiu. O medo da solidão muitas vezes nos faz experimentar uma solidão acompanhada gerando outras frustrações.
Outro motivo para permanecer solteiro é que hoje em dia é difícil encontrar pessoas que saibam e queiram dialogar. Muitas simplesmente desaparecem sem dizer o que querem ou deixam de querer.
Agora, o último motivo, parece piada, é que eu me tornei perfeitinho demais pra namorar alguém, rs. O que eu recebo de, "você é incrível, mas...", "não estou à sua altura", "não quero te machucar", "você é iluminado demais pra mim", tá fora do gibi.
Assim como aquele carinha chato, o Jão, acredito que eu vou morrer sozinho. Agora geral circulando.
Whindersson x paternidade: da vontade de ser pai ao linchamento virtual.
Nesse papo, há várias camadas da vida amorosa do Whindersson que não são relevantes aqui, já que não sou um portal de fofoca. Vamos focar na paternidade e como isso pode mudar a visão sobre paternidade solo.
Como vocês sabem, optei pela adoção solo, enquanto Whindersson tenta entender, diante de seus milhares de seguidores, como funciona a barriga solidária, tecnicamente chamada de "gestação por substituição" ou "cessão temporária de útero”.
Isso não é crime no Brasil, mas é válido refletir sobre o quão apropriado é um homem com a influência dele falar sobre um tema pouco conhecido da massa, abrindo espaço para diversas interpretações infundadas e diagnósticos de internet, uma vez que ele não fecha nenhum ponto.
A grande questão dessa polêmica são pessoas tentando compreender se ele realmente quer ser pai ou apenas deseja passar seus genes para validar sua masculinidade diante da perda de dois filhos. Ou seja, tapar os buracos de feridas que nunca serão fechadas.
Quando ele expressa o desejo de gerar um filho da mesma forma que os outros, me leva a pensar sobre o fato de que TODO homem adota um filho, já que é a mulher que gera durante os 9 meses. E, mesmo ela gerando, nem sempre há afeto pela criança até que esteja em seus braços, caracterizando, assim, uma forma de adoção, uma vez que ela decide amar aquela criança.
Gerar ou adotar um filho não é sobre NOSSA experiência, é sobre a criança. Por isso o processo de adoção demora tanto e a gestação leva nove meses. Em todos os momentos em que ele fala sobre ser pai, está relacionado aos traumas que ele já viveu. Às vezes resolver sua vida longe da das redes sociais é um ótimo caminho.
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